sexta-feira, 3 de julho de 2009

Despejo na Gomes Freire.



No dia 25 de junho à noite a Defensoria da União conseguiu uma decisão que cassava a decisão liminar pelo despejo, mas aparentemente os procuradores do INSS agiram e conseguiram a liminar de novo.
Os sem-teto, a Defensoria e outros órgãos procuraram o INSS, a SPU (Superintendência de Patrimônio da União) e outros órgãos federais para negociar, mas estes se mostraram irredutíveis ou disseram que "não poderiam fazer nada"...

No dia 25 de junho, o restante dos pertences das famílias que ainda se encontravam no prédio da Rua Gomes Freire 510 foram retirados, depois de horas de tensão. Inicialmente, a prefeitura mandou dois caminhões de lixo para buscar o material, o que causou revolta e resistência dos sem-teto. O subprefeito do centro e o major da PM que estavam comandando a operação chegaram a mobilizar a Guarda Municipal com armadura e escudos, por pouco várias mulheres que comandavam a resistência não foram agredidas. Entretanto, a resistência foi correta, pois a prefeitura foi obrigada a recuar da atitude arrogante e humilhadora, mandaram embora os caminhões de lixo da Comlurb e trouxeram um caminhão baú apropriado para mudanças.


Ainda assim, a secretaria de "ordem pública" (a secretaria do choque de ordem do Rodrigo Bethlem) continuou criando dificuldades, se recusando a entregar os pertences nos espaços de outras ocupações que já havia sido negociado entre os próprios sem-teto. Somente tarde da noite de ontem a mudança foi concluída.

(enviado por Rede contra a Violência).

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